sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Espírito Natalino

Na verdade, o Jesus histórico não nasceu no Natal –a data em questão remonta as comemorações da entrada do solstício de inverno pelos romanos, ou seja, uma festa pagã cristianizada pelo papa Libério em 354 D.C., por conta dos graus de simbolismo e de oportunidade que ela representava. E pelo que tudo indica, nem no ano zero -isto, aliás, graças a um erro de cálculo na confecção do nosso atual calendário, o Gregoriano. Ou seja, a data é simbólica.

De qualquer forma, o que importa mesmo não é a precisão da data, nem se os fatos são exatamente do jeito que nos apresentam, mas os bons sentimentos que ele suscita em todos nós –ou que pelo menos deveria suscitar.

Sendo assim, dentro desse espírito natalino, gostaria de compartilhar com vocês algumas coisas. Primeiro, um texto do Moacyr Scliar, escritor de estilo leve, inteligente e bem humorado que flerta com o imaginário fantástico e se vale da tradição judaico-cristã como base de sua literatura.

O texto partiu de uma notícia veiculada no jornal Folha de São Paulo, em 2001, cuja epígrafe pode ser vista entre aspas no início do texto. Sem perder o bom humor que lhe é característico, ele explora toda uma possível humanidade existente num matador de aluguel, quando envolto pelo espírito do Natal e pelo cotidiano familiar. Sem dúvida, um bom exercício de imaginação –sem ironia.

E em segundo lugar, três álbuns. O primeiro deles é o do Vince Guaraldi Trio, liderado pelo pianista homônimo que, segundo consta, foi a pessoa quem mais fielmente conseguiu representar, em música, o universo de Charlie Brown e sua turma, personagens criados pelo já falecido cartunista norte-americano Charles M. Schulz.

Na sequência, o álbum que Bob Dylan lançou recentemente, Christmas in the Heart, que alguns não gostaram, mas eu achei muito bom. Principalmente, pela voz rouca que, a meu ver, lembra um Tom Waits menos grave.

E, finalmente, um especial de Natal lançado em 1990 pela lendária Blue Note Records, em que participam o trompetista Chet Baker, o pianista e bandleader Count Basie, a pianista -e cantora- brasileira Eliane Elias, o saxofonista Dexter Gordon dentre outros bons nomes do jazz.

No mais, é isto. Aproveitem o texto, os álbuns e tenham um excelente Natal. Até a próxima!

[ChuckWilsonDB]

Espírito Natalino

por Moacyr Scliar

“Homem disfarçado de Papai Noel
tenta matar publicitária em SP.”

(Caderno Cotidiano, Folha de São Paulo, 18/12/2001)

Primeira coisa que ele fez, ao chegar em casa, foi tirar a roupa de Papai Noel: estava muito quente, suava em bicas. Também queixou-se de dor na coluna. Isso é por causa do saco que você carrega, observou a mulher. De fato pesava bastante, o tal saco. A razão ficou óbvia quando ele esvaziou o conteúdo sobre a mesa: revólveres, granadas, submetralhadoras, vários pentes de munição. Já não dá para sair de casa sem um arsenal, resmungou. O seu mau humor era tão óbvio que ela tentou amenizá-lo, puxando conversa. Como foi o seu dia, perguntou.
— Um desastre -foi a azeda resposta. — Mais uma vez errei a pontaria. Já é a segunda vez nesta semana.
— Isto é o cansaço -disse ela.
— Você precisa de um repouso. Amanhã você vai ficar em casa, não vai?
— De que jeito? Tenho trabalho.
— Amanhã? No dia de Natal?
— O que é que você quer? É a minha última chance de usar a fantasia de Papai Noel. Tenho de aproveitar.
Suspirou:
— Vida de pistoleiro de aluguel é assim mesmo, mulher. Natal, Ano Novo, essas coisas para nós não existem. Primeiro a obrigação. Depois a celebração.
Ela ficou pensando um instante. — Neste caso –disse-, vamos antecipar a nossa festinha de Natal. Vou lhe dar o seu presente.
Abriu um armário e de lá tirou um caprichado embrulho. Surpreso, o homem o abriu com mãos trêmulas. E aí o seu rosto se iluminou:
— Um colete à prova de balas! Exatamente o que eu queria! Como é que você adivinhou?
— Ora -disse ela, modesta-, afinal de contas eu conheço você há um bocado de tempo.
Ele examinava o colete, maravilhado. E aí notou que ele era todo enfeitado com minúsculos desenhos.
— O que é isto? -perguntou intrigado.
Ela explicou: eram pequenas árvores de Natal e desenhos do Papai Noel, trabalho de uma habilidosa bordadeira nordestina:
— Para você lembrar de mim quando estiver trabalhando.
Ele começou a chorar baixinho. Em silêncio, ela o abraçou. Compreendia perfeitamente o que se passava com ele. Ninguém é imune ao espírito natalino.

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Texto extraído do jornal Folha de São Paulo, edição de 24/12/2001, publicado com o título "Espírito Natalino”.

Conheça Moacyr Scliar e o projeto Releituras.

Álbuns

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 A Charlie Brown Christmas: The Original Sound Track Recording Of The CBS Television Special (Vince Guaraldi Trio)

1. O Tannenbaum
2. What Child Is This?
3. My Little Drum
4. Linus and Lucy
5. Christmas Time Is Here [Instrumental]
6. Christmas Time Is Here [Vocal Version]
7. Skating
8. Hark! The Herald Angels Sing
9. Christmas Is Coming
10. Für Elise
11. Christmas Song
12. Greensleeves

Linus and Lucy (3’06 - A Charlie Brown Christmas)

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Christmas in the Heart (Bob Dylan)

1. Here Comes Santa Claus
2. Do You Hear What I Hear?
3. Winter Wonderland
4. Hark The Herald Angels Sing
5. I'll Be Home For Christmas
6. Little Drummer Boy
7. The Christmas Blues
8. O' Come All Ye Faithful (Adeste Fideles)
9. Have Yourself A Merry Little Christmas
10. Must Be Santa
11. Silver Bells
12. The First Noel
13. Christmas Island
14. The Christmas Song
15. O' Little Town Of Bethlehem

The Christmas Blues (2’54 – Christmas in the Heart)


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Yule Struttin’ – A Blue Note Christmas (P1 - P2)

1. Vauncing Chimes - Horizon, Bobby Watson
2. Silent Night - Stanley Jordan
3. Christmas Song - Lou Rawls
4. I'll Be Home for Christmas/Sleigh Ride - Eliane Elias
5. Winter Wonderland - Chet Baker
6. Merrier Christmas - Benny Green
7. Merrier Christmas - Dianne Reeves
8. O Tannenbaum
9. Jingle Bells - Count Basie
10. Chipmunk Christmas - John Scofield
11. God Rest Ye Merry Gentlemen - Joey Calderazzo
12. Have Yourself a Merry Little Christmas - Dexter Gordon
13. Silent Night - Benny Green
14. Little Drummer Boy - Rick Margitza

Jingle Bells (3’19 - Count Baise - Yule Strattin')

domingo, 20 de dezembro de 2009

Experimente: última parte

Finalmente, a última parte deste post. E conforme prometido, mais dois bons registros ao vivo do novo programa do Edgard no Multishow: Seychelles, de São Paulo, e Júlia Says, de Recife.

Seychelles (Foto: MariMoon)

SEYCHELLES

Com o nome derivado de um arquipélago no oceano Índico que durante anos serviu como paraíso fiscal, esta banda paulistana tem em suas performances ao vivo um de seus principais trunfos. Tocando um rock psicodélico que flerta com o progressivo, o post-rock e de forma pontual com diversos outros gêneros, eles têm como influências bandas como Beatles, The Who, Pink Floyd e, de forma mais acentuada, de Mutantes e Secos & Molhados; aliás, o próprio timbre do vocalista lembra em certos momentos o de Ney Matogrosso e, em outros (sem demérito algum, diga-se de passagem), o do cantor Ritchie.

Punk Modinha (2’07 - Nananenen)

São Paulo também é uma das referências da banda, fato que aliado ao canto falado de, por exemplo, “Ansiedade e Obsessão”, nos lembra um pouco a Vanguarda Paulista, “movimento” que revigorou a música brasileira na década de 1980, mas que, infelizmente (como era de se esperar), acabou atingindo muito menos público do que deveria.

Ansiedade e Obsessão (2’44 - Nananenen)

Para quem quiser conhecê-los, o último álbum –Nananenen, de 2008- pode ser baixado na íntegra através do site da banda. Talvez num primeiro momento, ele -mas principalmente os EPs mais antigos-, pode soar um pouco estranho para alguns; fato, aliás, que não deveria impedir nem sua audição, muito menos uma possível ida à uma de suas apresentações.

Seremos Nós a Última Geração de Humanos na Terra (4’09 – Nananenen)

Na sequência, Sanguessuga, com a participação de Monique Maion (MonMaion, Die Katzen, EX! e Sunset; este último, uma parceria entre ela e Gustavo Garde, vocalista do Seychelles).

Seychelles [Streaming & Download]

JÚLIA SAYS

“Há muito tempo Júlia tinha vontade de escrever um livro, inventar uma história, mas... achava que não tinha idéias. Às vezes ficava rabiscando no papel, mas nada! Nem o comecinho sequer! Ela só não queria que o seu livro começasse com “Era uma vez...” e terminasse com “... casaram e foram (…) felizes para sempre.”

A Casa das Idéias, de Pedro Veludo.

 

Júlia Says: eletrônica com pegada roqueira (Foto: Pedro Costa) 

Revelação do Rec Beat em 2008,  festival pernambucano que em 2010 completará 15 anos, Júlia Says tem seu nome derivado do livro infantil “A Casa das Idéias”, do escritor português -porém radicado no Brasil- Pedro Veludo. Formada em 2007 por Anthony Diego (bateria e programações) e Pauliño Nunes (guitarra e vocal), o objetivo da dupla pode ser sintetizado pelo trecho acima, ou seja, produzir algo que tente fugir do lugar comum, mantendo uma identidade própria, porém pautando-se sempre pela liberdade de flertar com outros gêneros.

Mohamed Saksak (3’57 – Júlia Says)

Na sequência, Aos Segredos Guardados Pelo Futuro.

Júlia Says [Streaming & Download]

Apesar de ter focado muito mais as bandas que o próprio programa, o importante destes três últimos posts, é fazer coro não apenas com o Edgard, mas também com os inúmeros festivais independentes que pipocaram pelo Brasil na última década, ampliando ainda mais o alcance dessa promoção do que há de interessante no cenário musical brasileiro. Portanto, não importa, necessariamente, que os álbuns dessas bandas soem ou não regulares. O importante, a meu ver, é que devemos, cada vez mais, deixar de ser meros seguidores de conceitos e tendências, e passarmos a cultivar mais seriamente nossa própria safra de artistas; agora, sem xenofobia, é claro.

Salto Alto (2’43 – Júlia Says)

Finalmente, e apenas como incentivo, deixo os links de alguns dos principais festivais independentes do país. Espero que, conhecendo-os, o preconceito que existe em relação às bandas nacionais possa, ao menos, diminuir de intensidade.

Abril Pro Rock (Recife/PE)

Bananada (Goiânia/GO)

Calango (Cuiabá/MT)

Demosul (Londrina/PR)

Jambolada (Uberlândia/MG)

Se Rasgum (Belém/PA)

Goiânia Noise (Goiânia/GO) e SP Noise (São Paulo/SP)

Humaitá Pra Peixe (Rio de Janeiro/RJ)

Porão do Rock (Brasília/DF)

Rec Beat (Recife/PE)

Abrafin (Associação Brasileira de Festivais Independentes)

Até a próxima!

[ChuckWilsonDB]

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Experimente. Onde: Multishow. Quando: toda terça, 23h. Horários Alternativos: Quarta - 12h, Quinta - 13h30, Sexta – 1h30 e 7h30, Sábado - 18h30 e Segunda - 8h30.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Experimente: 2ª parte

Dando sequência ao meu último post, destaco mais duas bandas que assisti e gostei no Experimente, novo programa de Edgard Piccoli no Multishow: a carioca Rockz e a paulistana Hurtmold.

 

Rockz (Foto: Julia Riff)

O início, digamos, foi meio conturbado. Ao finalizar seu primeiro álbum -porém antes de lançá-lo, é bom dizer-, os caras perderam seu vocalista, alçaram o guitarrista ao posto e foram obrigados a rever todo o repertório e gravá-lo novamente. Com membros experientes que já tocaram ao lado de gente como Lobão e em bandas como Funk Fuckers e Planet Hemp, a banda lançou neste ano o que seria seu primeiro álbum oficial, A Tão Sonhada Bicicleta.

Hare Hare (A Tão Sonhada Bicicleta)

Apesar de uma certa supervalorização, os caras são bons. Para os fãs pode até soar blasfêmico este meu comentário, mas convenhamos, se deparar logo de cara com coisas do tipo “superbanda do rock carioca” (myspace), “mesmo num gesto prosaico como beber água, o vocalista se movimenta como se fosse Jimi Hendrix prestes a incendiar sua guitarra” (last.fm) ou ainda “uma das bandas mais potentes, inteligentes e divertidas do rock atual” (PopMata), causa -pelo menos a princípio-, uma certa má vontade em quem ainda não os conhece. Mas ultrapassada esta barreira inicial, destaco três boas músicas deste quarteto carioca: Tô Planejando, carro-chefe do álbum, cujo registro pode ser conferido abaixo, Divertido e Veloz e a potente Hare Hare.

Rockz no Experimente, novo programa do Edgard no Multishow [Streaming & Download]

hurtmold

A banda se apresentando no Sesc Pompéia, em São Paulo, em agosto deste ano. (Foto: Adriano Moralis)

O Hurtmold já é um velho conhecido nosso. Na estrada desde 1998, eles já têm cinco álbuns lançados: Et Cetera (2000), Cozido (2002), o split Hurtmold/The Eternals (2003), Mestro (2004) e o homônimo Hurtmold, em 2007. Para quem ainda não conhece a banda, ela é taxada por muitos -não que isto importe, na verdade- como sendo de post-rock, gênero que reúne influências de rock alternativo, jazz e também de músicas eletrônica e experimental. Outras bandas que também se enquadrariam no gênero seriam as ótimas Tortoise (EUA), Sigur Rós (Islândia), Mogwai (Escócia) e Godspeed You! Black Emperor (Canadá); cada uma, claro, com suas devidas particularidades.

Sabo (Hurtmold)

Além da parceria com os norte-americanos do The Eternals iniciada em 2003 e que resultou em três turnês pelo Brasil, a banda também já excursionou com o Chicago Underground, de Rob Mazurek. Este fato, aliás, acabou gerando um novo projeto, o São Paulo Underground, banda avant-garde formada em 2005 que já se apresentou em diversos países da Europa e também nos Estados Unidos e Canadá.

Barulho do Ponteiro 2 (The Principle of Intrusive Relationships – São Paulo Underground)

Só como curiosidade, tanto o Hurtmold como o Chicago Underground já se apresentaram por aqui. Isto foi em 2004, no saudoso Londrina Jazz Festival, organizado pela extinta produtora Madame X. Um pouco mais recentemente os caras se transformaram na banda de apoio de Marcelo Camelo, Los Hermanos, em sua carreira solo, participando da gravação do álbum Sou e também de sua turnê de lançamento. Na sequência, música nova: Chavera.

Pela falta de registro da apresentação dos caras no programa do Edgard no YouTube, segue a realizada no MIS, em São Paulo, em março de 2010. [Streaming & Download]

No próximo post, duas outras bandas: Seychelles de São Paulo e Júlia Says, de Recife.

Até a próxima!

[ChuckWilsonDB]

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Experimente. Onde: Multishow. Quando: toda terça, 23h. Horários Alternativos: Quarta - 12h, Quinta - 13h30, Sexta – 1h30 e 7h30, Sábado - 18h30 e Segunda - 8h30.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Experimente

Dias atrás, zapeando do sofá, peguei um pedacinho do Experimente, novo programa de Edgard Piccoli no Multishow. A ideia é simples, mas interessante. De “seu” apartamento, duas bandas já conhecidas do cenário independente são chamadas para bater um papo com o apresentador, tocar para alguns convidados e, ao final, participar de uma jam session, às vezes, bem interessante. Como eu gostei do que vi, resolvi ir em busca de alguns bons registros ao vivo para compartilhar com vocês.

Edgard Piccoli no estúdio do Experimente, no Multishow. (Foto: Divulgação)

A primeira performance é da banda Black Drawing Chalks, de Goiás. Eles tocam um stoner rock com uma pegada setentista e já têm dois álbuns lançados, Big Deal (2007) e Life Is a Big Holiday For Us (2009), ambos pela Monstro Discos. Neste ano, eles foram indicados em três categorias no VMB: Aposta MTV, Rock Alternativo e Videoclip do Ano com My Favorite Ways, música que pode ser conferida na sequência.

Black Drawing Chalks [Ouça e faça download]

O próximo registro é de um power trio pouco usual. Trata-se de Lucy and the Popsonics, uma banda de electro-punk formada por duas pessoas, Fernanda (baixo e vocal) e Pil Popsonic (guitarra), + um mp3 travestido de bateria eletrônica; no caso, Lucy. De início, o maior objetivo era ter passagem livre e bebida de graça nas baladas mais bacanas de Brasília, algo que foi mudando à medida em que passaram a frequentar festivais importantes como o Goiânia Noise, o Planeta Terra e o South by Southwest (Texas/EUA), e excursionar pela Europa. Com apenas dois anos de estrada e um álbum lançado, o “trio” toca Eletronische Musik. Música para se divertir; principalmente, ao vivo.

Lucy and the Popsonics [Ouça e faça download]

Definida pelos integrantes como uma banda paulistana formada por não-paulistanos, o Bazar Pamplona surgiu em 2004 numa república de estudantes da avenida Paulista. Porém, só em 2005, quando finalmente conseguiram fechar a atual formação, que passaram a se considerar, digamos assim, uma banda de verdade. Tendo como principais influências os Beatles, Bob Dylan, Beach Boys e tropicalistas como Os Mutantes, Tom Zé e os primeiros álbuns de Caetano & Gal, talvez esteja aí a explicação para as letras soarem tão criativas e bem humoradas, mas por outro lado, tão despretensiosas. Escutem esta:

 If You Can Sing This Thanks An English Teacher

“Congratulations with your dictionary
Now you know how to spell Coca-Cola
Have a nice day, take care about the Big Stick
And welcome to american way of life
If you can sing this thank an English teacher
[Pay attention on lesson one]
The book is on the table, anytime anywhere you go,
the book is always on the table
The sky is blue and time is money
And the devil is George W. Bush
If you can sing this thank an English teacher
[Peace could be after me]
Yes, we have bananas
lalala la lalala la (2x)
lalala la lalala la (2x)
If you can can sing this thank an English teteteteacher teacher
If you can sing this thank an English teacher (2x)”

Na sequência, Um Recado para Karen Cunha, numa pitoresca performance a La Dylan, com direito a complô contra o baterista ao final da música.

Bazar Pamplona [Ouça e faça download]

.E pra finalizar o post, a propalada jam session entre Black Drawing Chalks e Lucy and the Popsonics. Eles tocam I Want You So Hard do Eagles of Death Metal, mais um dos trabalhos paralelos de Josh Homme, líder do QOTSA e integrante do Them Crooked Vultures.

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No próximo e último post sobre o programa, mais três bandas: Seychelles, Rockz e Hurtmold

Até a próxima!

[ChuckWilsonDB]

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