domingo, 17 de abril de 2011

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Estou no Tumblr, agora: ChuckWilsonDB_CWDB

segunda-feira, 21 de março de 2011

De volta com o Starte: Lichtenstein, Rockwell e Escher

Sandra Coutinho visita as exposições de Lichtenstein e Rockwell, nos EUA, e Mônica Carvalho a do artista gráfico holandês M. C. Escher, no Brasil. Com vocês, mais um episódio do Starte.

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Starte com Bianca Ramoneda e Elisabete Pacheco: todas as terças às 23h30 na Globonews.

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Bratatat! - 1962 (Foto: Divulgação) The Black and White Drawings - 1961-1968 (Foto: Divulgação) Keds - 1962 (Foto: Divulgação)

Roy Lichtenstein: The Black and White Drawings (1961-1968) no The Morgan Library and Museum, em Nova Iorque. Da esquerda para a direita: Bratatat! (1962); capa da publicação em que constam as obras apresentadas na mostra (2010); e Keds (1962).

Detalhe interessante: reparem nos pontos no rosto da mulher, algo bastante comum nos desenhos de Lichteinsten. Segundo a curadora da mostra, Isabelle Dervaux, eles exprimiam seu desejo de aproximar cada vez mais seu trabalho do estilo encontrado nas imagens comerciais da época, uma das inspirações da Pop Art, a qual é um dos precursores. Para obter esse resultado, o artista experimentou diversas técnicas e instrumentos até conseguir reproduzi-los com perfeição industrial, porém, o mais importante (e o mais interessante também), sempre através da prática manual.

Saiba mais sobre Lichtenstein

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Norman Rockwell's "The Dugout" - 1948

Norman Rockwell: Behind the Camera no Brooklyn Museum, em Nova Iorque. Da esquerda para a direita: The Tattoo Artist (1944), New Kids in the Neighborhood (1967) -reparem em como o artista se utiliza das fotografias para, depois, compor suas telas- e The Dugout (1948).

Detalhe interessante: Para dar maior espontaneidade e realismo aos trabalhos, Rockwell fazia intenso uso da máquina fotográfica no processo de composição de suas telas. Segundo a curadora da exposição, Sharon Matt Atkins, ele fazia o que fosse necessário -dentro de certos limites, obviamente- para obter de seus modelos -que podiam ser desde animais e crianças a adultos e idosos-, a expressão e os trejeitos exatos que, mais tarde, gostaria de ver traspostos para as telas.

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Escher no CCBB/RJ (Foto: Marcos Muzi)  "O Olho" - Escher no CCBB/RJ (Foto: Marcos Muzi) "Infinito" - Escher no CCBB/RJ (Foto: Marcos Muzi)

O Mundo Mágico de M. C. Escher no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), no Rio de Janeiro. Da esquerda para a direita: prédio do CCBB, local da exposição, e as obras O Olho (1946) e Infinito. (Fotos: Marcos Muzi)

Detalhe interessante: as negociações para a vinda das obras de Escher para o Brasil durou cerca de cinco anos. Terminada sua passagem por aqui, elas deverão ficar quatro anos longe do alcance dos olhos de seus admiradores de outros países; um cuidado, aliás, para a preservação do acervo. Portanto, aproveitem. A exposição ainda segue no Rio até o próximo domingo, dia 27 de março.

Saiba mais sobre a exposição | Saiba mais sobre Escher

Até a próxima!

[ChuckWilsonDB]

sábado, 19 de março de 2011

De volta ao eletrônico

Deixando de lado a cadência arrastada e sombria da penúltima postagem, volto agora minha atenção para o espírito explosivo e anárquico do Crystal Castles e do Kap Bambino. Duas duplas que não se fazem de rogadas na hora de usar seus sintetizadores, distorções e manipulações vocais para mostrar a que vieram.

Crystal Castles (Foto: Divulgação) Crystal Castles - Crystal Castles II (Foto: Divulgação) Crystal Castles (Foto: David Waldman - KWC)

Crystal Castles

Crystal Castles : Crystal Castles II (2010 : Electroclash/8-bit)

Ouça: http://is.gd/AUDawO Baixe: http://is.gd/UuZo1P [por SoundGum]

A princípio, este duo canadense criado no finalzinho de 2003 por Ethan Kath e Alice Glass, não ficaria marcado apenas pela qualidade do primeiro álbum, mas também por apresentações pífias e fatos polêmicos ligados, se não estou enganado, à ilegalidade de certos samples e imagens que eles andaram utilizando. Superados, no entanto, os problemas iniciais e também as dúvidas sobre se eles conseguiriam ou não igualar -ou mesmo superar- os resultados obtidos com o primeiro trabalho, eis que eles surgiriam com este segundo álbum -mais bem produzido e mais coeso que o anterior- fato que acabou lhes rendendo, inclusive, uma parceria tardia com ninguém menos que Robert Smith, o icônico líder do The Cure, em Not in Love.

Ainda marcado por uma profusão de distorções, samples enlouquecidos, muita gritaria e, agora, em menor escala, pela base 8-bit das composições (estas, criadas a partir de consoles de videogames com chips de 8 bits como os velhos Atari, SNES e Mega Drive), ele também apresenta um lado menos barulhento, mais delicado e, portanto, mais acessível; caso, por exemplo, de Celestica, Suffocation e da própria Not in Love (aqui, sem a presença de Smith). Bom… De qualquer forma, um excelente álbum. Minhas favoritas: Fainting Spells, Doe Deer, Year of Silence, Empathy, Birds e I Am Made of Chalk.

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Doe Deer, uma das minhas favoritas, porém em vídeo não-oficial.

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Crystal Castles em passagem por um club de Santiago (Chile) em setembro passado.

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Kap Bambino (Foto: Pia Nøtt).Kap Bambino - Blacklist (Foto: Divulgação) Kap Bambino (Foto: David Richardson)

Kap Bambino

Kap Bambino : Blacklist (2009: Electroclash/8-bit)

Ouça: http://is.gd/j2kdqJ Baixe: http://is.gd/JPuLLk [por MusicNes]

Formado em 2001 por Orion Bouvier e Caroline Martial em Bordeaux -cidade francesa conhecida no mundo todo por suas prestigiosas vinícolas-, o Kap Bambino é um duo que também pode ser caracterizado pelos vocais ferozes e pela postura de palco agressiva também compartilhada pelo Castles, mas eu diria que um pouco mais suja e eletrizante -o que, particularmente, me agrada muito. Donos do próprio selo, o Wwilko, e ambos detentores de projetos paralelos -ela com o Khima France e ele com o Groupgris- a banda já foi destaque em diversas publicações especializadas como Dazed and Confused, Another Magazine e também na NME que, inclusive, apontou seu primeiro álbum, Zero Life Night Vision, como o equivalente eletrônico de nada menos -vejam vocês- que The Queen Is Dead, dos Smiths. Pois é… Aliás, como de costume, seguem minhas favoritas: Dead Lazers, Lezard, Red Sign, Razozero e Batcaves. Enjoy!

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Red Sign, a primeira faixa que me pegou de jeito no álbum.

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Batcaves em vídeo ágil, porém com o espírito remanescente do meu penúltimo post.

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No mais, é isso. Nos próximos posts -não necessariamente na sequência-, mais resenhas de coisas legais que eu tenho ouvido ultimamente. Atuais ou nem tanto.

Até a próxima!

[ChuckWilsonDB]

sexta-feira, 18 de março de 2011

Filmaços em 30 Segundos: Bunnies vs. Sharman

Mais um filmaço contado pelos coelhos amalucados de Jennifer Shiman. Desta vez, um musical da época em que o politicamente incorreto ainda não figurava como algo tão… marginal. Ou figurava? The Rocky Horror Picture Show, de Jim Sharman.

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The Rocky Horror Picture Show (The Rock Horror Picture Show); Lançamento: 1975 (Inglaterra); Direção: Jim Sharman; Elenco: Tim Curry, Susan Sarandon, Barry Bostwick, Richard O'Brien. Duração: 100 min; Gênero: Musical.

Casal de jovens pega a estrada para visitar um antigo professor dos tempos da faculdade para agradecê-lo por tê-los apresentado e convidá-lo para o casamento. No meio do caminho, entretanto, eis que um pneu fura bem no meio de uma tempestade, e eles são obrigados a pedir ajuda num estranho castelo habitado por um cientista louco -e vejam vocês, travesti- e um bando de indivíduos igualmente excêntricos e desajustados. O engraçado é que, justo nesse dia, o tal cientista louco, o Dr. Frank-N-Furter (Tim Curry), estava prestes a dar vida à sua mais nova criação: um ser humano artificial que, ao contrário de seu primo shelliano, viria ao mundo para satisfazer, digamos, interesses um tanto quanto… especiais de seu insuspeitado progenitor. Ou seja, nada mais estimulante do que ter a presença de estranhos na ocasião -principalmente, de jovens e bonitos estranhos (Susan Sarandon e Barry Bostwick)-, que além de poderem presenciar todo seu brilhantismo como cientista, poderiam, quem sabe, não se mostrar páreos o suficiente para o seu extraordinário poder de sedução. Agora, não pensem que nada além disso vai acontecer durante a história. Revelações bizarras vão permear todo o longa que, inclusive, vai culminar num final, digamos, inusitado; inusitado, mesmo.

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The Rocky Horror Picture Show (Foto: Divulgação) The Rocky Horror Picture Show (Foto: Divulgação) The Rocky Horror Picture Show (Foto: Divulgação)

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Fracasso de público na Inglaterra assim que foi lançado (e também no Brasil, cinco anos mais tarde), o filme começou a ganhar status de cult quando, em Nova Iorque, um grupo de aficcionados convenceu um cinema a passá-lo durante animadas sessões da meia-noite onde a plateia passou a se vestir tal qual as personagens, entoar a trilha sonora e até acompanhar suas falas. Outro fato interessante é que havia outro postulante ao papel de Frank-n-Furter; no caso, sir Mick Jagger, líder dos Rolling Stones. Porém, nem este conseguiu ser páreo o suficiente para o talento incontestável e hilariante de Tim Curry. Sério, não deixem de assisti-lo.

Trailer Oficial

Até a próxima!

[ChuckWilsonDB]